Nova geração do agro amplia uso de tecnologia e torna o Brasil mais competitivo
Uma nova geração de agricultores brasileiros, mais qualificada e aberta ao uso de tecnologias, está impulsionando o Brasil a aumentar sua produtividade no campo, competindo com potências como os Estados Unidos e consolidando o país como um dos principais fornecedores globais de commodities agrícolas.
Além de já liderar as exportações de soja e milho, o Brasil superou os EUA na safra 2023/2024, tornando-se o maior exportador de algodão. O país também avança para liderar as exportações de café e carnes.
Segundo Leandro Giglio, pesquisador do Insper Agro Global, o agricultor brasileiro tende a adotar novas tecnologias mais rapidamente, aumentando a eficiência. Enquanto os agricultores na Europa e nos EUA envelhecem, no Brasil o perfil é de jovens produtores em processo de sucessão familiar.
Um exemplo é Frederico Logemann, da SLC Agrícola, que lidera o setor de inovação. Sob sua gestão, as fazendas da empresa foram totalmente conectadas, permitindo o uso de pluviômetros digitais e drones equipados com inteligência artificial para mapear e pulverizar as áreas afetadas por ervas daninhas com precisão. A economia no uso de defensivos chega a 70%.
Esses jovens agricultores da geração Z também estão criando empresas tecnológicas, as Agtechs, que receberam quase R$ 1 bilhão em investimentos no ano passado. Essas startups oferecem ferramentas avançadas para o agro, fortalecendo ainda mais o setor.
Fonte: O Globo